Embora o meu Canadair CL-415 ainda não esteja concluído, pois os flutuadores de asa ainda não estão completos nem colocados nos respectivos sítios, para fazer umas amaragens, já estou a pensar no meu próximo projecto.
Desta vez tenciono fazer um quadrimotor.
Novamente, vasculhei a net à procura de informação para poder decidir qual seria o eleito passível de adaptar ao que tenciono fazer desta vez.
Os possíveis são estes:
Douglas DC-4
Douglas DC-6
Douglas C-133 A
Boeing B-17 Flying Fortress
Boeing B-29 Superfortress
Boeing B-50 Superfortress
Lockheed EC-121 Warning Star
Lockheed Hercules C-130
LOCKHEED P-3 ORION
Como já devem ter reparado, gosto de fazer novas abordagens aos conceitos de aeromodelismo já existentes. Refiro-me por exemplo ao meu MEGA-01 totalmente reciclado e aos controlos interiores e escondidos da cauda do Canadair.
Sinceramente, não considero que invente alguma coisa, (já está tudo inventado). São apenas novas abordagens a velhos conceitos.
Pretendo agora fazer uma motorização simplificada (assim espero), pois para um quadrihélice utilizarei apenas um ou dois motores. Tenciono, com esta configuração perder algum peso em relação à configuração que seria normal, ou seja, em vez de 4 motores, 4 variadores, cabos e fichas para isto tudo e baterias de grande capacidade, usarei apenas 1 ou 2 conjuntos com baterias menores para um modelo de tamanho mais reduzido que os habituais quadrimotores.
Torna-se óbvio que terei de utilizar algum tipo de transmissão mecânica para fazer girar as hélices que serão todas funcionais. Aqui, também já fiz alguma pesquisa e em princípio vou optar por correias e polias de sincronização que são ambas dentadas, que é um sistema relativamente simples, em vez de um jogo de engrenagens e veios que tornaria a execução mais difícil, barulhenta e talvez mais pesada.
Aponto para cerca de 1,70m de envergadura, mas o tamanho está dependente daquilo que conseguir fazer com os motores e transmissões mecânicas.
Mais uma vez, as vossas opiniões, comentários e críticas, são bem-vindos.
Aguardem que vão sair em breve mais actualizações!!
Nuno Lopes
Last edited by nunol on Wed 31-08-2011, 23:28; edited 1 time in total
_________________ A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original - Albert Einstein
nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações modelistas!
Nesta altura do campeonato já tinha um eleito que seria o Hércules C-130, pois é um avião que gosto bastante e que sempre estive habituado a ver passar baixinho por cima da minha casa, no Lavradio, que fica no enfiamento da pista da Base Aérea do Montijo. Às vezes passava tão baixo que até fazia tremer os copos nas prateleiras e os vidros das janelas...
Ora, por causa das polias e correias que tenciono utilizar, vou ter que colocar veios também, e estes veios têm que estar, como é óbvio, alinhados com os spinners nas nacelles.
Se os veios precisam de estar ligados pelas correias e as nacelles não estão interligadas, as correias só poderão passar pelo interior da asa. Assim sendo, é imperativo que as nacelles estejam, o mais possível, alinhadas com a asa, sem estarem em cima ou em baixo desta.
Também poderia fazer um desvio na correia, ou utilizar engrenagens angulares e mais veios, mas seria muito mais trabalhoso e adicionaria peso e perdas por atrito que eu não quero. Seria muito mais difícil transmitir o movimento rotativo de um veio longitudinal para outro veio paralelo através de carretos ou engrenagens, especialmente quando estes estão afastados.
Fico reduzido em opções ao P-3, EC121, os Boeing e eventualmente os dois primeiros Douglas. Estou muito inclinado para o B-50 e para o EC-121.
Algumas pesquisas que fiz sobre as engrenagens que poderia usar.
Engrenagens helicoidais:
Engrenagens angulares:
Engrenagens de 90º para veios que não se encontrem:
As polias e correias idênticas às que vou usar:
As correias e as polias sincronizadoras (dentadas) são comuns nas impressoras, fotocopiadoras, e scanners, obtendo-se com alguma facilidade de aparelhos avariados (mais um motivo que pesa para esta opção).
O que me preocupa é que mesmo as correias e polias têm atrito, mas penso que essas perdas acabam por ser compensadas pelo que vou diminuir em peso eliminando motores.
Até breve!
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mustang-pt
FIRST LIEUTENANT
boas vamos embora a isso fico deste lado a acompanhar mais uma beldade a nascer bora la com isso, acompanhando,
Algumas das escolhas que fiz relativamente a este projecto têm a ver com o facto de já ter o material que vou utilizar e assim não ter que gastar mais €€
Os motores e variadores já os tinha comprado há algum tempo atrás e as partes mecânicas foram oferta de um amigão. (Obrigado Mauro)
Os motores: 2x 2836-7 de 1120KV, 70g,
Os controladores: 2x 30A
Duas correias de imressora de 2mm de passo e 4mm de espessura
Diversas polias de 10mm de diam. com 15 dentes.
Sabendo de antemão que para poupar no peso tenho que fazer tudo muito simples, vou servir-me do bordo de ataque e da travessa da asa para suportar os rolamentos, sendo apenas necessário acrescentar umas diagonais (à direita) para fixar um rolamento. Vou ter que arranjar uns veios mais compridos para os motores .
Fiz uns desenhos daquilo que quero fazer, que tanto poderá ser uma asa de espuma cortada com foi quente como uma montada em madeira de balsa:
Tenho quase a certeza que assim vou poupar algum peso e o sistema fica simples e fiável...
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rappa
AIRMAN BASIC
boas!!
por aquilo que se pode ver no canadair fico entusiasmado a espera desse pequeno gigante c-130, também costumo ver na Quinta do Conde o tal c-130 da base do Montijo e é mesmo lindo
continuação e força ai!!
Rappa
ALz
SENIOR MASTER SGT
boas,
Já vi que está a começar mais um belo exemplo de construção apresentando novamente alternativas de construção Está interessante o sistema de transmissão.
Antes de mais, é com prazer que vejo aeromodelistas a pegar em material e construir/desenvolver uma ideia e transformá-la em algo que voa. Quando comecei no aeromodelismo, o material era escasso e tínhamos que puxar pela imaginação para pormos alguma coisa a voar. É muito diferente de pegar num ARTF e pô-lo a voar.
Mas, passando ao seu projecto, tenho umas dúvidas/sugestões para colocar: 1-E se tivesse apenas dois motores (talvez mais potentes) e deixasse os dois outros hélices a rodar livremente? (Talvez visualmente e em voo não se notasse e o arrasto fosse mínimo ) 2- Para 2ou 4 motores quantos variadores são necessários? E como se ligam?
Há uns tempos atrás vi um plano da AEROTEC que transformava uma Cargo da Multiplex num B-17. Não me lembro em que número, mas já foi à uns anitos.
Bom trabalho e bons voos
por aquilo que se pode ver no canadair fico entusiasmado a espera desse pequeno gigante c-130, também costumo ver na Quinta do Conde o tal c-130 da base do Montijo e é mesmo lindo
continuação e força ai!!
Rappa
Obrigado Rappa. O C-130 já não vai ser, com muita pena minha. Até já estou com reservas quanto a fazer um escala. Vou avançar com o projecto mas talvez faça um modelo de design próprio.
Já vi que está a começar mais um belo exemplo de construção apresentando novamente alternativas de construção Está interessante o sistema de transmissão.
Boas construções
ALz
Obrigado ALz! Vou tentar mante-lo interessante e actualizar com regularidade.
Antes de mais, é com prazer que vejo aeromodelistas a pegar em material e construir/desenvolver uma ideia e transformá-la em algo que voa. Quando comecei no aeromodelismo, o material era escasso e tínhamos que puxar pela imaginação para pormos alguma coisa a voar. É muito diferente de pegar num ARTF e pô-lo a voar.
Mas, passando ao seu projecto, tenho umas dúvidas/sugestões para colocar: 1-E se tivesse apenas dois motores (talvez mais potentes) e deixasse os dois outros hélices a rodar livremente? (Talvez visualmente e em voo não se notasse e o arrasto fosse mínimo ) 2- Para 2ou 4 motores quantos variadores são necessários? E como se ligam?
Há uns tempos atrás vi um plano da AEROTEC que transformava uma Cargo da Multiplex num B-17. Não me lembro em que número, mas já foi à uns anitos.
Bom trabalho e bons voos
Obrigado!
Embora tenha alguns ARTF, prefiro 50x construir de raiz. Não há no modelismo nada como fazer com as nossas mãos, investindo tempo, dedicação, carinho e depois de tudo pronto receber em troca um voo e outro e outro...
Isso é bem verdade há uns anos bons era muito difícil chegar "€€€" a certas coisas... Os preços cá em Portugal eram proibitivos e em alguns casos ainda são.
A propósito de material escasso e imaginação, vê o meu MEGA-01.
As questões:
1- Era uma hipótese viável, sim. Mas pretendo ter 4 hélices funcionais. Este projecto para mim já se trata de um desafio próprio.
2- Só esta questão daria para abrir um tópico. Regra geral e para motores sem escovas temos que usar um variador para cada motor (há excepções). A ligação motor-variador, mesmo com 4 motores, faz-se como se de apenas um se tratasse. Agora nas ligações da bateria ou baterias aos variadores, pode assumir diversas configurações. Em série, em paralelo, os dois em simultâneo, uma bateria para cada variador, uma bateria para vários variadores, várias baterias para um variador, etc., etc., etc...
Há um tópico sobre essa conversão do MPX Cargo a decorrer num fórum congénere!
Vou agora escrever um pouco sobre os testes de bancada que fiz com um dos motores que tenciono utilizar e para esse efeito procedi da seguinte forma:
Montei o meu “dispositivo de altíssima tecnologia” , que mede força estática - kg, rotações - RPM, a tensão em Volts (V), a corrente em Amperes (A) e a potência em watts (W). Trata-se apenas e só de uma simples balança, um tacómetro e um multímetro específico para RC vulgarmente chamado de “wattmeter”. Utilizo também um “servo tester” para ligar ao ESC e controlar o motor e é claro, uma bateria.
Está tudo montado à volta do mostrador da balança para facilitar o trabalho, uma vez que as leituras e anotações a fazer seriam muitas e os aparelhos que utilizo não fixam os valores. Desta forma ponho o conjunto a trabalhar e tiro-lhe uma foto que me regista a leitura de tudo exactamente ao mesmo tempo e posso fazer depois as anotações.
Comecei por fazer testes como se de um setup normal se tratasse, uma hélice da cada vez. Depois, para perceber qual seria a diferença, fiz os testes com duas hélices no mesmo eixo, montadas uma em cima da outra. Depois montei de forma improvisada o sistema com a correia e as polias para comparar uma dada hélice sem e com transmissão, para perceber quais seriam as perdas. Depois experimentei com duas as hélices em eixos diferentes.
Aqui está o conjunto pronto a utilizar:
Em funcionamento:
Já com a transmissão:
Brevemente apresento os resultados que achei muito interessantes.
Nuno Lopes
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rappa
AIRMAN BASIC
boas!
tenho muita pena que já não faças o c-130 é o meu preferido desses todos. mesmo assim fico a espera do bicho.
RaPPa
nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações medidas, comparadas e quase comprovadas!!
Pois é rappa, também era o meu preferido. Paciência...
Os valores que aqui apresento, são apenas relativos ao material (motores, baterias, hélices, etc.) que utilizei em concreto. Com outros materiais poderiam ser obtidos valores diferentes.
E o que vou escrever traduz a minha opinião, e não quer dizer que seja a única ou a melhor.
Como já referi antes, os primeiros testes foram feitos com uma hélice de cada vez, montada directamente no motor. Filtrei estes resultados e escolhi os que me pareceram ser os mais viáveis para passar à fase seguinte. Uma das coisas a que dei importância foi à relação entre os valores de força estática e o consumo em watts. Em grosso modo, aquele setup que apresenta uma força alta e um consumo baixo será uma boa opção a considerar, sendo certo que existem outras coisas a ter em conta.
Esta escolha foi feita também com base na capacidade do motor, que não deve ser excedida e, tendo em consideração que uma hélice que num dado motor e em aceleração máxima, faça reduzir a rotação para 70% a 80% dos seus KV “a solto”, é um bom ponto de partida. Fora destes valores corremos o risco de ter demasiadas perdas em calor, (quando abaixo dos 70%- o motor está em esforço) ou de estarmos a subaproveitar o seu potencial (quando acima dos 80%).
Depois, testei as hélices seleccionadas montadas na transmissão. Primeiro só uma montada no veio secundário e depois duas, sendo uma directa no motor e outra no veio secundário (conforme está do desenho e nas fotos mais atrás). Neste campo, se num setup de uma só hélice, a adequada seria por exemplo uma 9x6SF, com Li-Po de 3S, agora, como vamos ter duas hélices e transmissão a gerar atrito extra, terei que diminuir no diâmetro e no passo para compensar e ficar dentro dos valores adequados para o motor.
Mais tarde, comparei estes resultados com os que obtive na motorização do Canadair para perceber qual seria a diferença entre esta opção de 2 motores com correias e uma propulsão de 4 motores com hélices directas. Comparei também com o melhor resultado que obtive com um 3536-5 com uma hélice 10x5 que me deu 1900gr de força estática (setup do meu P-51 Mustang).
Com estes testes todos apurei os seguintes valores:
Algumas coisas que verifiquei e que achei interessantes:
-O motor não tem 1120KV, como anunciado pelo vendedor, tem cerca de 1140KV. Considero-a uma diferença mínima e dentro dos valores normais de tolerância, neste caso <2%.
-Duas hélices montadas no veio do motor (como se fosse uma quadripá) não fazem aumentar para o dobro os valores de uma bipá, existe um acréscimo de no máximo 45% na força estática, comparativamente.
-Por outro lado, uma hélice 8x4 a trabalhar com a transmissão, apresenta uma redução de 9% na eficiência em relação à propulsão directa, e verifiquei uma redução de 7% apenas, (com outra hélice, em regimes de rotação ligeiramente mais baixos, a cerca de 80% dos KV a solto).
-Mesmo com esta redução na eficiência, duas hélices a trabalhar em eixos diferentes, apresentam valores de força estática maiores (30%) que as mesmas duas hélices montadas no mesmo eixo e directamente no motor. Isto deve-se ao facto de cobrirem uma maior área de trabalho, enquanto duas hélices no mesmo eixo trabalham “uma no rasto da outra”.
-Destaco ainda a comparação com 4 motores (usei como referência os valores dos TP2408-21 que tinha usado no Canadair) onde se pode verificar que com 4 motores e com 4 hélices 6X3, que é o valor mais próximo aos 348W dos dois motores 2836-7 de 1120KV com 4 hélices 8X4, temos nos primeiros 1760gr, e nos segundos 2000gr, representando 5,11gr/Watt e 5,13gr/Watt respectivamente.
Posto isto, acho que não é descabido de todo utilizar 2 motores com esta transmissão para 4 hélices, mas falta ainda fazer uma comparação isenta e honesta nos pesos dos diferentes setups. Será o próximo passo…
Acho que já escrevi demais outra vez!
_________________ A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original - Albert Einstein
Cabo disso
AIRMAN FIRST CLASS
Caro nunol,
para quando novidades deste seu interessante projecto?
para quando novidades deste seu interessante projecto?
Saudações aeromodelistas
Cabo Disso
Obrigado pelo interesse!
As atualizações estão para breve. Já escolhi o modelo e já comecei a cortar as asas e a fuselagem.
É uma questão de tempo para colocar as fotos e fazer os textos.
Torna-se complicado gerir o tempo para família, trabalho, lazer, outros hobbies, idealizar, projetar,construir, publicar...
Já falta pouco para saírem as novidades.
Cumprimentos,
Nuno Lopes
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nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações motorizadas!
Depois de algum tempo de ausência, como devem ter reparado os que estão a seguir o tópico, vou continuar a atualizar a um ritmo mais lento, mas ainda assim, com alguma regularidade.
Para começar, lembrei-me que tinha feito uns vídeos quando experimentei a transmissão por correia com uns suportes improvisados.
Podemos ver no primeiro vídeo a correia a vibrar.
Penso eliminar esta vibração aumentando a sua tensão (foi o que fiz no 2º vídeo), ou posso ainda colocar um tensor ou umas guias/proteções de teflon que têm um desgaste e atrito reduzidos.
Nuno Lopes
Last edited by nunol on Thu 21-07-2011, 10:29; edited 1 time in total
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rappa
AIRMAN BASIC
boas!
não sei se foi erro mas os dois filmes são iguais.
fui ao teu canal do youtube e ai sim estão dois diferentes.
foi erro?
desde já os meus parabéns e continua!!que eu vou acompanhando
Nando
Administrador
Boas,
Como e que conseguis-te meter no lado do motor a helice e a correia?
Os "collets" normalmente nao sao assim tao largo para permitir isso. Suponho que seja um alterado nao?
Pergunto porque da forma como esse esta parece que dava para meter duas helices.
_________________ RCMPT - ''São muitos anos a virar frangos.''
Manobra preferida: Pyro-Flip chicken com batata frita
http://www.xrotor.net
nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações modelistas!
Rappa:
Foi mesmo um engano meu, obrigado pelo alerta! Já está reposto!
Nando:
Os "collets" ou "prop addapters" que usei são deste tipo:
São dos mais usuais, acho eu. Não têm nada de especial nem qualquer adaptação feita por mim. E por sorte têm comprimento de rosca suficiente para montar a hélice e a polia ou duas hélices ao mesmo tempo daquelas laranja tipo GWS, com 10mm de espessura cada.
Aliás, foi isso que eu fiz quando estava a fazer testes para perceber a diferença entre o trabalho de duas hélices montadas no mesmo eixo e montadas em eixos diferentes, sempre propulsionadas por um só mesmo motor.
Cumprimentos
Nuno Lopes
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nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações construtivas!
Depois de muito procurar e ler, de fazer contas de somar, de sumir e de multividir . Depois de tentar idealizar e enquadrar possíveis modelos no tamanho e nos métodos de fabricação que pretendo utilizar, cheguei à conclusão que nenhum dos modelos apresentados antes para este projecto vai ser o eleito.
A minha escolha recai agora sobre o XF-12 Raibow da Republic Aviation Company.
Trata-se de um avião quadrimotor do final da década de 40, mas que não chegou a ser produzido em série pois cedo "perdeu a corrida" contra os aviões com motores jato. Segundo apurei, foram produzidos apenas 2 protótipos.
Foi concebido para ser um avião de reconhecimento e fotografia de territórios inimigos.
Maximizar toda a sua aerodinâmica com diversas soluções inovadoras foi o objectivo dos designers. Podem ser destacadas as suas formas de reduzido arrasto e as entradas de ar que se situavam no bordo de ataque entre as nacelles, e que serviam para arrefecimento e também para admitir ar pressurizado para alimentar os potentes motores radiais bi-turbo da "Pratt & Whitney" que chegavam a produzir 3500 cavalos cada um.
Também as necelles maximizavam a sua aerodinâmica e providenciavam potência adicional. Tinham um funcionamento idêntico ao das "Ducted Fans" pois logo atrás dos "spinners" existiam turbinas que forçavam o ar a entrar e o canalizavam para arrefecer os motores e aumentar o impulso à saída, juntamente com o gases de escape.
Com isto tudo e muito mais conseguiram fazer o avião mundialmente mais rápido propulsionado por motores de combustão interna do seu tempo, e o único a passar das 450 mph em voo nivelado.
É claro que não vou fazer entradas de ar nos bordos de ataque, nem tão pouco fazer nacelles turbinadas, mas vou tentar reproduzi-lo esteticamente o melhor que conseguir.
Como material principal de fabricação vou utilizar "floormate" que é um poliestireno utilizado na construção civil para isolamento térmico e acústico do chão. Cortes a fio quente, reforçar, lixar, cobrir, etc,...
Até breve,
Nuno Lopes
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nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações medidas e proporcionadas!
Agora chegou a fase de definir as medidas que pretendo utilizar.
Apontando para hélices de 7" (vou utilizar tripás), é preciso agora fazer as continhas para definir a envergadura e as restantes proporções.
O desenho das peças é todo feito a "olhómetro" ! Não tenho um plano propriamente dito e fiz tudo isso a partir deste desenho:
Uma vez definida a escala é fácil converter todas as medidas necessárias para cortar as pranchas de "floormate".
Avançando com a construção!
Se as hélices do desenho tiverem 7" vou ter uma envergadura proporcional de 1,72m, com corda de 22,5cm na raiz e 11cm na ponta e um diedro de cerca de 10º. Uma fuselagem com 1,20m de comprimento e 14com de diâmetro na parte mais larga.
Não sei se estarei a ser otimista mas pretendo ficar aquém dos 2kg de peso em ordem de voo. Veremos!
Terá 22cm entre cada motor e as necelles terão perto de 40cm de comprimento com 6 cm de diâmetro na parte mais larga.
A deriva fica com 32cm de altura e o estabilizador terá quase 60cm de envergadura!
Vai ser grandote...
Até breve,
Nuno Lopes
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rappa
AIRMAN BASIC
boas!
Nuno acho que estás a ser muito optimista em relação ao peso, pela experiência que tenho em construir aviões com roofmate (extra300 com 1.5m de envergadura e +-2.3Kg) wallmate (piper cub com 1.6m de envergadura e +- 1.5Kg) ou floormate (mini3dx com 1m de envergadura e +- 1.3Kg), todos eles ficaram um pouco pesados, o teu tem 1.7 m de envergadura mais 2 motores, fita cola, barras de carbono, electrónica... apostava ai para uns 2.5 no mínimo.
era de fazer umas apostas
continua neste bom caminho...
também quero referir que gosto particularmente da tua investigação preliminar...
nunol
SENIOR AIRMAN
Saudações pesadas ou leves?
Não se se estarei a ser otimista quanto aos 2kg, mas uma coisa é certa:
Vou ter que me esforçar para o manter leve.
Pegando nessa ideia vou lançar um desafio:
Aceito palpites, apostas, ou opiniões (como lhes queiram chamar) com o peso total em voo (AUW) deste modelo.
Aquele que se aproximar mais do valor final, sem exceder, ganha um convite exclusivo para assistir ao vivo, a cores e em primeira mão, ao voo inaugural do XF-12. Eventualmente poderá ainda aparecer mais qualquer coisinha...
Portanto,
Palpites de peso final:
Rappa - 2,5kg
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Como já tinha referido antes, vou fazer o XF-12 Rainbow em "Roofmate" que é um tipo de poliestireno de média densidade facilmente encontrado à venda no mercado para construção civil.
Desenho as peças que vou cortar diretamente na chapa de roofmate e depois corto com o fio quente.
O meu arco de corte tem cerca de 1m de fio de níquel-crómio e é alimentado por uma fonte ATX de computador alterada por mim. Utilizo uma tensão de 24V para cerca de 1m de fio e corta suavemente.
Inicialmente usava uma estrutura em H idêntica às serras antigas que usavam uma corda torcida para esticar a lâmina:
Usava-a com molas na parte de trás para substituir a corda torcida e ter uma tensão adequada e o fio sempre bem esticado.
Depois, cheguei à conclusão que era demasiado pesada e difícil de manusear e mudei a sua configuração para uma destas:
Improvisei ainda uma espécie de mesa de corte, utilizando uma das pontas do fio quente, que me permite fazer cortes como faria numa mesa de serra tico-tico. Faz um corte mais minucioso das partes.
O início dos trabalhos:
Depois de acertar as medidas para as formas trapezoidais das asas, acertei o fio pelo traço e coloquei a parte mais pesada do arco para baixo.
Acertar o fio no traço:
Vista geral com o fio em cima do traço, pronto a cortar:
Pronto para cortar, vista geral do outro lado:
É só ligar a fonte e o corte "acontece" suave e automático:
Depois prepara-se a "máquina" para fazer o corte do perfil nas asas em bruto. Neste caso uma asa trapezoidal dá muito mais trabalho porque é preciso regular a quantidade de avanço em cada ponta do arco independentemente, pois a raiz e a ponta da asa têm medidas diferentes.
Eu utilizo um cortador por gravidade improvisado, utilizando o mesmo arco e com base nesta configuração:
Coloco uns calços à entrada do bordo de ataque para ajudar o fio a subir e não emperrar o corte logo ao início.
Pormenor do calço à dir na raiz:
Pormenor do calço à esq na ponta, para ajudar a entrar:
Pormenor das roldanas e fixação do fio na alavanca de avanço:
Pronto para corte do perfil com vista da máq. e roldanas :
Tudo a postos e é só ligar a fonte de alimentação para a magia acontecer outra vez:
Acho que não ficaram nada mal, mas precisam de um pouco de lixa.
As asas com molde de cartão da fuselagem:
Fuselagem já passada para o floormate:
Duas partes de fuselagem sobrepostas:
Uma das razões que me levou a escolher o XF-12 é que as suas formas são todas simétricas e concêntricas. Reportando-me à fuselagem e às nacelles, isto vai permitir que estas partes seja torneadas, como já fiz anteriormente com os spinners do Canadair.
Nesta fase tenho que preparar e colocar um veio central para a fuselagem de forma a poder fixar no berbequim e fazer o conjunto girar com a outra ponta assente em rolamentos. Vamos ver se resulta...
Tenho que criar um sulco central para colocar a vara bem no centro da fuselagem.
Vou abrir o sulco com o ferro de soldar, adaptando com uma peça de "corte" em arame cobre com a forma e tamanho pretendidos.
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