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LUISX
Administrador
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Comentário à carta do IDP
Recebemos em 29 de Janeiro de 2010, um ofício do IDP, assinado pelo Vice-Presidente, no qual nos é apresentada uma pseudo resposta do Presidente à carta por mim enviada, registada, em 4 de Dezembro de 2009.
Um mês e vinte e cinco dias para responder!
Efectivamente a carta agora recebida não é mais do que uma cópia de uma informação pedida a um médico, e que é informada por uma técnica superior do Instituto.
Essa carta peca por muitas imprecisões, algumas das quais muito graves, as quais passo a referir :
A técnica superior afirma no seu preâmbulo, no número 1, que a Federação Portuguesa de Aeromodelismo questiona o IDP sobre a necessidade de efectuar os exames médico-desportivos previstos na lei, o que é literalmente falso, dado que eu afirmo na carta ao Presidente que sou a favor desses exames.
Depois afirma que a FPAm pretende que o exame para os seus federados seja diferente, o que é real, e perfeitamente pertinente e foi bem expresso na minha carta ao Presidente e é exigível.
Logo após segue a opinião do médico.
No ponto um dessa mesma opinião afirma que a FPAm tem Utilidade Pública e que recebeu subsídio como as outras federações. Como opinião médica não tem valor nenhum e com dificuldade posso enxergar aonde quererá chegar. Quererá talvez reafirmar que efectivamente somos uma Federação e, por isso mesmo, com especificidade Desportiva ? Ou será outra coisa ?
No seu ponto terceiro este médico afirma que há protocolos médicos adequados a cada modalidade desportiva.
Estranhámos e ficámos surpresos com esta afirmação, porque é isto que nós pretendemos e reafirmámos na carta ao Presidente, e que foram omitidos e escondidos a nós e às outras federações!? Onde estarão esses protocolos ?
Se existem e como não conseguimos descortiná-los, digam-nos onde poderemos ter acesso a esses protocolos diferenciados, para informarmos os médicos. É exactamente isso que é afirmado como necessário na minha carta ao Presidente, mas nem nós nem os médicos sabem desses protocolos. Gostaríamos de ser informados imediatamente com a máxima urgência.
No seu quarto ponto, gostei de ficar a saber que na Europa somos nós e a Itália os dois únicos países que tem legislação médico-desportiva. É louvável, porém não sei se é prático, pois em termos desportivos há muitos países da Europa, com passado e presente desportivo digno de nota, superior ao nosso e ao de Itália, em todas as modalidades desportivas e que não possuem esta legislação! Será esta legislação que nos irá dar medalhas de ouro?
Porém, tendo tido o cuidado de perguntar à Federação Italiana de Aeromodelismo se existe ou não a obrigatoriedade de exame médico para a prática do Aeromodelismo, recebemos duas mensagens da Secretaria da FIAM, a Federação Italiana de Aeromodelismo confirmando-nos que não existe exame médico para os aeromodelistas italianos, quer em provas nacionais ou internacionais, quer em encontros. Apenas as equipas nacionais que se deslocam a campeonatos do Mundo ou da Europa tem de apresentar exame médico.
No seu quinto ponto é afirmado que há 99 especialistas em Medicina Desportiva e mais 400 médicos com Pós-Graduação em Medicina Desportiva, o que a ser verdade, e presumo que o seja, constitui mais uma outra falha grave do Instituto do Desporto, o facto de não ter informado as Federações dessa lista de médicos, dado que, como informei na minha carta, só com três centros da especialidade, a situação actual obriga o praticante de Vila Real de Sto. António a vir a Lisboa fazer o seu exame médico desportivo, com todas as perdas de tempo, de paciência, de dinheiro e profissionais que isto representa! Onde estão esses médicos ?
No ponto sexto diz-se que o modelo de inspecção médica, o formulário também posto em causa por mim, é simplesmente um documento orientador do exame médico, que responsabiliza o médico que o faz, sendo evidentemente este o óbice, que provoca que haja locais do nosso país, onde nenhum médico se responsabiliza por fazer tal exame, orientado por tal formulário!
Foi esta a grande questão que eu coloquei na minha carta ao Presidente e que foi mal interpretada e acabou por não ser respondida.
No ponto sétimo afirma –se que o custo do exame é barato, 15,00 euros, mas não se fazem contas a deslocações onerosas, para grande parte dos desportistas deste país que quiserem ter a sua situação em ordem e que gastam muito mais para fazer o exame. Não se deve esquecer que só há três centros de Medicina Desportiva, ou será que isto é outra surpresa do Instituto e há mais centros escondidos?
No ponto oitavo afirma-se ainda que a especialidade em Medicina Desportiva existe desde 1982, mas então pergunto eu porque razão este governo criou esta especialidade pela Portaria n.º 302/2009, de 24 de Março, dizendo o seguinte:
Manda o Governo, pela Ministra da Saúde, o seguinte:
1 — É criada a área profissional de especialização de
medicina desportiva e aditada ao elenco constante do
anexo I ao Regulamento do Internato Médico, aprovado
pela Portaria n.º 183/2006, de 22 de Fevereiro.
2 — É aprovado o programa de formação da área
profissional de especialização de medicina desportiva,
constante do anexo à presente portaria, da qual faz parte
integrante.
Ou existe uma especialidade em Medicina Desportiva à revelia das entidades oficiais !? Se calhar !
No número 3 desse ofício não é tido em conta o que se faz na modalidade Aeromodelismo, apenas se dizendo que é necessário assegurar que o atleta se encontra em condições físicas que lhe permitem a prática de determinada actividade, de modo a evitar a morte de jovens e adultos no desporto, como se nesta modalidade se fizessem maratonas, ou futebol, ou box.
No número 4 afirma-se aquilo que eu também afirmei: que o IDP recorreu a um parecer da Procuradoria Geral da República de 2001, que diz que qualquer médico pode fazer a realização destes exames, pela simples razão de não haver número de médicos com especialidade suficientes para satisfazer as necessidades nacionais, à data de hoje!
Então experimente o IDP ir dizer isso aos médicos, que vai ver qual é a resposta, pelo menos em muitos locais do país!
Foi isto que eu denunciei, é isto que traz problemas e obsta a que os nossos praticantes possam fazer o exame no seu centro de saúde, no hospital ou mesmo particularmente.
No número 5 a técnica superior declara que não conhece o Aeromodelismo. O stress competitivo, que pode provocar alterações cardiovasculares, nunca matou ninguém nesta modalidade, nem nos primórdios em que a actividade física ligada a nós era muito maior, nem agora, em que a actividade física é diminuta. Em 90 anos de Aeromodelismo no país nunca ninguém morreu na pista e cada dia que passa mais difícil será que isso venha a acontecer.
Posso garantir que o stress que eu tenho a responder a este ofício ou a andar de carro na segunda circular de Lisboa, ou mesmo em muitas estradas deste país, é muitíssimo superior ao que tenho a participar numa prova de Aeromodelismo.
O número 6 da técnica superior é o corolário desta exposição. É uma afirmação inconcebível para uma técnica superior do IDP. Afirma ela:
“ Em termos de conclusão, refira-se que o caso em análise trata do afloramento de uma questão bem mais vasta, que é o facto de certo tipo de federações terem sido consideradas federações desportivas “.
Isto é uma afirmação sem nexo, é uma ofensa muito grave a todos os que praticam esta modalidade, aos quadros da entidade, à Federação Portuguesa de Aeromodelismo e a mim próprio e ao desporto em geral!
Será que para esta senhora fazer desporto é só andar a transpirar abundantemente!?!
Se esta senhora for a uma enciclopédia poderá verificar que há várias definições para desporto. Uma concepção antiga, que o Barão Pierre de Coubertin apadrinhava e que dizia que seria o culto voluntário e regular do exercício muscular intensivo, fundamentado no desejo de progresso e susceptível de chegar até ao risco.
Mas esta definição já não tem actualidade!
A mesma enciclopédia continua:
Dada a complexidade que o desporto atinge na actualidade, esta definição torna-se um pouco vaga. Para uma definição mais actual, o desporto começa quando aparece a competição organizada, a qual representa o esforço que o homem tem de realizar para vencer uma dificuldade posta por um adversário, seja este a própria Natureza ou outro homem, sem móbil ou fins utilitários.
O mínimo que eu posso sugerir é que esta senhora está mal colocada nesse Instituto do Desporto, porque ela não sabe o que é desporto, ou tem uma concepção própria e antiquada do mesmo, imprópria para esse Instituto!
E nem sequer deve saber que temos um quadro competitivo anual e que fizemos em Agosto de 2009 um Campeonato do Mundo de Acrobacia. O mínimo que eu posso pedir é que essa senhora saia dos quadros desse Instituto, não antes de pedir desculpa formalmente ao Comité Olímpico, à Confederação do Desporto, à Federação Portuguesa de Aeromodelismo e a mim próprio.
João Loureiro de Sousa
Presidente
Federação Portuguesa de Aeromodelismo
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