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AIRMAN BASIC
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Noticia e reportagem do Magazine 2010 (RTP2):
O magazine 2010 (RTP2) emitiu a reportagem sobre o evento que decorreu no inicio de Março na Covilhã. Para além disso podemos consultar a noticia no site do magazine:
http://2010.flmid.com/Noticia.aspx?idNoticia=156
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Ases Pelos Ares
Mostramos-lhe agora o resumo alargado da competição Air Cargo Challenge. Um concurso organizado pela Associação Portuguesa de Aeronaútica e Espaço que desafiou alunos universitários a construir os seus próprios aviões. Esta foi a primeira experiência do género em Portugal por isso decorreu com alguns imprevistos e avarias de ultima hora. E apesar do bom desempenho de alguns protótipos, outros ficaram por terra mostrando que as asas nem sempre servem para voar.
Instituto Superior Técnico
Faltam dois dias para a competição e os alunos do Instituto Superior Técnico ainda têm muito que fazer para que o avião esteja pronto a tempo e horas. O projecto chama-se Aerotech e demorou perto de um ano a ser concluído
Espera-se que voe no Aeródromo da Covilhã mas os alunos têm algumas reservas porque reconhecem as dificuldades que enfrentaram na construção. Segundo Cristóvão Cardoso, aluno do 5ª ano de Engenharia Aeroespecial, o Instituto Superior Técnico deveria estruturar o curso para uma vertente mais prática.
Universidade da Beira Interior
Na Covilhã, as duas equipas da UBI trabalham arduamente nos seus protótipos. Os estudantes vão jogar em casa e concorrem com dois aviões. Passaram os últimos dias no hangar do Aeródromo rodeados por ferramentas, materiais de construção improvisados e alguns mantimentos que servem para enganar a fome quando não há tempo para fazer uma pausa.
As técnicas de construção foram bem estudadas. Os alunos tiveram aulas extra de aeromodelismo e estão empenhados em garantir uma boa prestação.
Dia da Competição- Verificações Técnicas
Sábado, 6 de Março.
Perto das dez da manhã as cinco equipas a concurso estavam preparadas para as verificações técnicas. A organização do Air Cargo Challenge tem de garantir que tudo está conforme o regulamento para evitar desigualdades. O avião tem de usar um dos três motores pré definidos, não pode ter mais de 3 metros de envergadura e tem de obedecer a um limite do tanque de combustível.
A equipa de Coimbra nem passou pelo controlo técnico. O avião despenhou-se num dos voos de teste e não houve tempo para recuperá-lo. Mesmo assim os alunos trouxeram o que restou dele até à Covilhã para trocar ideias e mostrar uma caixa redutora e uma hélice criadas pelos estudantes de Engenharia Mecânica.
Feitas as contas, foram apenas três os aviões que se aventuraram na pista, para cumprir a primeira manga.
O objectivo é fazer o avião levantar em 60 metros. Primeiro sem carga e depois com pequenos pesos de chumbo. Ganha quem conseguir voar com mais peso.
O avião da Universidade do Minho cumpriu a tarefa sem dificuldade. Na primeira fase, levantou, voou bem alto e fez uma aterragem digna de qualquer piloto profissional.
O primeiro avião da Universidade da Beira Interior prometia fazer frente ao Flamingo do Minho mas as suas seis asas e uma caixa redutora entre o motor e a hélice não ajudaram a equipa.
O Beluga hesitou muito antes de levantar voo e sofreu algumas avarias de última hora.
Quando já ninguém esperava sucesso, o avião lá levantou. fez um voo planado. mas acabou por se despenhar com gravidade.
A surpresa veio da segunda equipa da UBI. Um avião com formas aerodinâmicas e meio desajeitado a andar no chão, provou que as aparências iludem e acabou por fazer um voo que mereceu muitos aplausos.
O piloto, Miguel Silvestre, é professor na Universidade da Beira Interior e incentivou as duas equipas a concorrer a esta prova porque, segundo ele, estas experiências são fundamentais para que os estudantes adquiram práticas e métodos que os ajudem quando entrarem no mercado de trabalho.
Dia da competição- Tarde
Depois do almoço a equipa do Instituto Superior Técnico ainda faz afinações no avião mas já desistiu de competir. Talvez tente no final, um voo de teste.
O Beluga, da Ubi também não recuperou da queda na primeira fase da competição.
Sendo assim, a segunda manga terá apenas dois aviões a concurso.
O do Minho foi para a pista com seis quilos de chumbo. Um peso que não levantou problemas durante o voo. O mérito do bom desempenho vai para alguns professores com bons conhecimentos de aeromodelismo que apoiaram os alunos na criação deste projecto.
O avião da UBI voou apenas com 3 quilos mas como recebeu mais pontos no relatório do projecto sagrou-se vencedor.
Apesar dos imprevistos e de alguns acidentes de percurso a organização fez um balanço positivo da primeira edição do Air Cargo Challenge. Mais do que ganhar a prova, a ideia era despertar os alunos de aeronáutica e engenharia mecânica para que desenvolvam os seus próprios projectos.
A falta de conhecimentos e práticas de construção ainda é o maior problema. Segundo os estudantes, a situação poderia ser melhorada se Portugal, à semelhança de outros países europeus, investisse mais na indústria aeronáutica.
O Air Cargo Challenge irá repetir-se no próximo ano e a julgar pelas opiniões, deverá contar com maior número de equipas e projectos mais ambiciosos. A ideia é apurar um finalista para concorrer à competição mundial de Aerodesign que se realiza todos os anos nos Estados Unidos e no Brasil.
Soraia Deus
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